Disciplina e sangue frio foram os principais “ingredientes” para o ótimo resultado em 2021, diz analista de investimentos da Fapa
Mesmo em um cenário de pandemia e crises diversas no país, pelo segundo ano consecutivo a Fundação obteve uma rentabilidade acima do esperado para o período. A Fapa fechou 2021 com rentabilidade consolidada de 7,33%, superando importantes referenciais de mercado como CDI, com 4,41% e a Poupança, que fechou em 2,98%.
Disciplina e sangue frio. Esses foram os principais “ingredientes” para o ótimo resultado em 2021, de acordo com o analista de investimentos da Fapa, Nilton Teixeira.
“Nossa estratégia sempre é de médio/longo prazo, esta não é a primeira e infelizmente não será a última crise. Nossas carteiras estão sempre em ativos de Inflação, CDI, Renda Variável, não buscamos adivinhar qual será a aplicação da vez, isso ninguém sabe, mas vamos “calibrando” o peso de cada um, de acordo com o cenário que constantemente atualizamos tanto no mercado nacional quanto no internacional,” destaca.
Ao segregar as carteiras por subgrupos, o de Benefício Definido (BD), que concentra os recursos dos assistidos em Renda Vitalícia, fechou 2021 com rentabilidade de 13%. Já a carteira de Contribuição Definida (CD), que concentra os recursos dos participantes ativos e assistidos na modalidade de Percentual do Saldo, fechou com 4.4% de rentabilidade.
“No Plano BD que é aposentadoria vitalícia, mantivemos uma carteira predominantemente em títulos federais indexados à inflação, por algumas particularidades técnica destes títulos, eles foram mais estáveis em 2021 e se beneficiaram da alta da inflação, entregamos quase 13% no ano. No Plano CD que ainda é mais de acumulação de patrimônio ou aposentadoria por resgate de percentual do patrimônio individual – além de inflação temos também; Renda variável, fundos internacionais, fundos Multimercado e operações de proteção em dólar e Bolsa. Isso gera mais oscilações em momentos de stress de mercado, mas também tem o objetivo de agregar valor no médio/longo prazo, fechamos o ano a 5,24% acima, portanto, dos juros no Brasil que fechou o ano a 4,41%,” destaca o analista.
Sobre as estratégias para o ano, Teixeira ressalta que foram realizados ajustes no último trimestre de 2021 para adequar a carteira ao cenário de eleições no Brasil, elevação de juros e inflação no mundo em 2022.
“Deixamos a carteira mais líquida para aproveitar oportunidades em momentos de stress. A nossa Política de Investimentos para 2022 – aprovada pelo Conselho Deliberativo – projeta um retorno de aproximadamente 11% sendo que a inflação projetada é de 6% para 2022. A carteira está mais conservadora do que em 2021, a ideia é comprar mais títulos indexados à inflação, mas sem pressa, e talvez reduzir exposição em Bolsa que no Plano CD é de uns 15%. No plano BD, aposentadoria vitalícia, estamos zerados em Bolsa,” afirma.
A Fapa atualiza mensalmente as informações sobre a rentabilidade do Plano Misto, a evolução patrimonial e a composição das carteiras. Acesse em fapa.org.br/investimentos.