A rentabilidade consolidada da Fapa acumulada até setembro fechou em 8,51%, superando o INPC (4,32%) e a meta atuarial (7,83%) para o período.
Para o analista de investimentos da Fundação, Nilton Teixeira a recuperação nas rentabilidades, se deu em função da estratégia adotada em 2022, principalmente migrando de alguns ativos de inflação para os atrelados aos juros/CDI.
Ao segregar o resultado das carteiras por subgrupos, a de Benefício Definido (BD), que concentra os recursos dos assistidos em Renda Vitalícia, fechou setembro com rentabilidade acumulada de 10,79%. A carteira tem alta concentração em títulos atrelados à inflação.
“No Plano BD continuamos majoritariamente em títulos públicos indexados à inflação, o que não ajudou muito nos últimos 3 meses – a inflação do último trimestre ficou em aproximadamente -1,25% negativa, mas estamos acima da meta em 2022 e em 12 meses,” diz Teixeira.
Já a carteira de Contribuição Definida (CD), que concentra os recursos dos participantes ativos e assistidos na modalidade de percentual do saldo, fechou setembro com rentabilidade acumulada de 7,60%.
“No plano CD mantivemos os ativos de juros indexados ao CDI e uma boa parcela indexada a inflação; também mantivemos ativos em bolsa de valores e fundos Multimercado mais ativos, justamente para capturar essa queda da inflação e a manutenção dos juros nos níveis atuais de 13,75%aa por um bom tempo,” enfatiza.
Confira os resultados comparativos na tabela abaixo.


Para os próximos meses a Fapa deve manter a estratégia de aplicação em juros, podendo aumentar em 2023.
“Estamos muito confiantes na estratégia de aplicar em juros neste ano e talvez aumentar um pouco mais esta classe, pensando no 1º semestre de 2023. As projeções indicam para os próximos 12 meses: Juros em aproximadamente 13% e inflação em 6%. Também mantemos a parcela nos fundos multimercados com gestão ativa e diversificada. Estes já agregaram bastante resultados nos últimos 12 meses e deve manter assim nos próximos meses. Para os ativos de maior risco estamos estudando/aguardando maior clareza em relação ao cenário internacional,” afirma.
A maior atenção dos gestores no momento, é uma possível recessão global, temida desde maio desse ano. E segundo o analista, mesmo que a possível desaceleração nas economias desenvolvidas não atinja a economia e as empresas brasileiras, naturalmente os ativos financeiros sofrerão algum impacto. “Deverão sofrer um pouco num evento dessa natureza, mesmo que for só no conceito especulação, aí talvez surjam oportunidades em bolsa/câmbio e ativos internacionais,” conclui.
Quanto as estratégias de alocação a serem adotadas após incorporação da Fapa pela Fundação Sanepar (Fusan), ele destaca que à princípio devem se manter as mesmas, lembrando que as carteiras não se misturarão em momento algum com as da Fusan. “A gestão de nossas aplicações pela Vinci Partners tem sido bem ativa e, como temos falado ao gestor; não se prende a incorporação, mesmo porque os ativos são bons e deverão permanecer na carteira por um bom tempo mesmo depois de concluído o processo,” informou, lembrando que a Fusan já está participando informalmente das reuniões com a Vinci (Gestora) e com a Aditus (Consultoria) para conhecer as estratégias e as carteiras.