A Diretoria e os colaboradores da Fapa receberam, no último dia 18, um treinamento online sobre Gestão Baseada em Riscos e Controles Internos, ministrado pela consultora da PFM Consultoria e Sistemas, Luciana Barragan.
A empresa é responsável pela condução do processo de controles internos da Fapa e anualmente realiza treinamentos para a equipe da Fundação.
Barragan abordou sobre a metodologia utilizada pela PFM na Fapa e destacou que está alinhada as melhores práticas de gestão de risco utilizadas no mundo.
“A legislação diz que tem que seguir uma metodologia que, no mínimo, você identifique, avalie, controle e monitore seus riscos. Ela também fala, no artigo 12, que você tem que identificar os seus riscos por tipo de exposição,” destacou a consultora ao citar a Resolução nº 13 do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) de 2004.
A resolução estabelece princípios, regras e práticas de governança, gestão e controles internos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar (EFPC).
Outro importante ponto destacado por ela foi a responsabilidade do Conselho Fiscal no processo de monitoramento dos riscos, devendo emitir semestralmente relatórios de controles internos, conforme estabelece a mesma legislação.
“Tudo que a gente faz em relação ao processo de avaliação, os planos de ação que vocês implementam, as análises que vocês fazem, as boas práticas que vocês adotam, o cumprimento das obrigações que vocês registram, todo esse processo, faz parte do Relatório Semestral do Conselho fiscal, que deve receber um reporte da Diretoria em relação a isso”, disse.
Visão da equipe – Perguntados sobre o que entendem como responsabilidades na gestão de riscos e controles internos da Fapa, alguns colaboradores deram suas opiniões.
Celso Andretta – “Eu entendo que a gestão de riscos é uma responsabilidade de todos os envolvidos no processo. O mais importante é que além de fazer o controle é preciso demonstrar como fez. Eu acho que isso foi o resultado forte que tivemos, de anexar as evidências. Não é só falar, é falar e mostrar que faz. A última auditoria da PREVIC que nós tivemos aqui na Fapa, foi uma auditoria que teve um relatório que passou limpo. Estávamos no início do processo de gestão e controle de riscos e uma das coisas que eles na época avaliaram foi a matriz de riscos. Hoje muitas coisas que eles tinham que fazer para auditar, eles vão em cima da matriz de risco. Eliminou grande parte do trabalho deles,” destacou o diretor presidente da Fapa, Celso Andretta.
“Nós fazemos parte do coração da Fapa, já que a Fundação existe para pagar benefícios aos seus participantes. Eu considero que nossa área [Seguridade] tem muitos riscos e questões a serem trabalhadas. Faz 27 anos que trabalho com fundos de pensão e vi a evolução dos processos ocorrer, desde 1995 até agora, a Fapa se profissionalizou muito. É algo que a Previc exige e a gente percebe que os processos têm evoluído a cada ano, temos que comprovar que fazemos as atividades. Além disso, temos uma grande sinergia entre as áreas. Trabalhando unidos, como uma equipe conseguimos mitigar muitos riscos, mas a cada ano estamos dispostos a atender o que for apontado no relatório do Conselho Fiscal e de vocês”, ressaltou a coordenadora de Benefícios da Fapa, Daniela Machado.
“Nas últimas avaliações nós remodelamos praticamente tudo. Conversamos com as consultoras da PFM e mudamos algumas visões que tinham, porque aplicavam os questionários de avaliação e nós queríamos que fossem mais voltados para a realidade da Fapa. Agora uma área conhece o procedimento da outra, além disso, revisamos e atualizamos todos os materiais da Fapa e disponibilizamos no site,” afirmou a analista de riscos da Fapa, Regina Correia.
“Embora as instituições sempre tenham tido preocupações com eventuais prejuízos, esses prejuízos sempre foram muito mais na linha de imagem do que financeiros. Quando veio a Resolução CGPC nº 13 se ampliou essa visão de riscos, ela foi muito mais para processos e sistemas e isso trouxe uma nova cultura. Quando você identifica um risco e consegue mapear e definir quais estratégias tomar, quais providências tomar, ele entra numa rotina e passa a ter pouca possibilidade de ocorrer novamente”, disse o diretor de seguridade e administração da Fapa, Hélio de Almeida Machado.
Avaliação de Riscos – Em 2021 a Fapa concluiu seu 7º Ciclo de Avaliação de Riscos. O relatório apresentou os resultados do ciclo de 2020 após a implementação das melhorias sugeridas e implementadas na Entidade em 2021. A avaliação apontou que o nível de déficit de controle da Fapa está inferior a 1%, ou seja, a aderência as boas práticas e aos padrões de controle é superior a 99%. (Leia mais na matéria Aderência da Fapa a boas práticas e padrões de controle de riscos é superior a 99%).